As sprints trazem otimização para o desenvolvimento e muitas outras vantagens. Entenda sua origem, características e etapas, e aplique agora mesmo!
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Quando o assunto é gestão de projetos, algo que não pode faltar é organização e eficiência. E para isso, existem diversas metodologias capazes de oferecer otimização para esse processo, como o Scrum, PMBOK, Design Thinking e Sprint.
No contexto tech, esse tipo de ferramenta é bastante comum, mas a verdade é que ela pode render benefícios para o desenvolvimento de projetos, produtos e soluções nas mais diversas áreas de atuação.
Então, para te ajudar a dar os primeiros passos rumo a um processo de gerenciamento de projetos mais ágil e organizado, trouxemos neste post um guia completo sobre a metodologia Sprint, incluindo suas funções, características, passo a passo e mais. Vem ver!
O que é sprint?
O conceito isolado de sprint parte da tradução do termo em inglês, que significa “arrancada” e se refere à modalidade de corrida em que o corredor percorre uma curta distância no menor tempo possível.
Transpondo este conceito para o meio corporativo e o desenvolvimento de projetos, uma sprint é como um ciclo de trabalho, que sempre tem um objetivo definido e um prazo curto e pré-determinados para a sua conclusão.
Para o que serve a metodologia sprint?
Essa metodologia de executar tarefas e gerenciar projetos através de sprints serve como uma ferramenta para agilizar e otimizar o processo de desenvolvimento como um todo, beneficiando de forma global e múltipla as partes envolvidas.
Ao exigir a definição de prioridades nas etapas do projeto, promover um processo de execução, revisão e entrega gradual e constante, e deixar toda a comunicação entre time e com os clientes mais assertiva, o resultado pode ser muito mais satisfatório e rápido do que em um processo de desenvolvimento “tradicional”.
Onde e como surgiu a sprint?
A sprint é uma das partes essenciais de uma metodologia ágil chamada Scrum, já ouviu falar? No Scrum, existem personas que cumprem funções específicas dentro do projeto ‒ falaremos delas mais adiante ‒ e o escopo e objetivo é dividido em etapas, que são, como vimos, as sprints.
Esse método e o conceito de sprint surgiram em 1993 em um insight do piloto de avião Jeff Sutherland e seu amigo Ken Schwaber sobre as várias etapas, pessoas e cenários que tanto um pouso quanto um projeto corporativo podem envolver, mas se tornou popular e disseminado de verdade após a publicação do Manifesto Ágil, em 2001.
Características de uma sprint
Por se tratar de uma fase, ciclo ou parte de um projeto complexo e completo, as sprints têm certas características específicas que estão sempre presentes. A primeira delas é uma duração curta, que costuma ser de no máximo 4 semanas e, depois disso, um novo ciclo se inicia, com novos objetivos e atividades a serem executadas.
Outros dois aspectos essenciais de uma sprint são o comprometimento, pois toda sprint possui um objetivo que precisa ser cumprido por cada integrante da equipe para ser fechada com qualidade e timing; e a comunicação, pois ela é a base para que todo o processo aconteça de forma fluida, transparente e positiva para todas as partes.
Além disso, existe um acompanhamento frequente por meio de reuniões diárias para alinhamento do time, distribuição de tarefas, definição de prioridades e planos, e validação das etapas concluídas, bem como papéis específicos que precisam ser desempenhados por alguém na equipe do projeto:
Product Owner
O Product Owner (PO) é o “dono do produto”, um gestor ou persona com amplo conhecimento do produto, projeto e/ou cliente e será capaz de garantir que todas as demandas e expectativas sejam cumpridas, gerenciando a distribuição das tarefas, prioridades e informações, e validando as entregas ao longo de todo o desenvolvimento.
Scrum Master
O Scrum Master atua como um facilitador do processo e, através de uma visão inovadora e ampla sobre o mercado, é capaz de ajudar o PO e toda a equipe a encontrar soluções ágeis e eficientes para as etapas e desafios de cada sprint e do projeto de forma geral.
Time de desenvolvimento
Por fim, temos o time de desenvolvimento que costuma ser multidisciplinar e personalizado às demandas específicas de cada projeto; são de 3 a 9 profissionais que irão colocar a mão na massa e fazer todo o backlog e necessidades do cliente sejam entregues com qualidade, agilidade e usabilidade.
Vantagens da Sprint
As vantagens das sprints são muitas, mas a principal delas é a otimização. Elas permitem dividir um projeto complexo em etapas mais específicas e curtas com um time especializado e focado em pequenos desafios/entregas que irão dar vida ao todo, ao final.
Com essa dinâmica, o projeto ganha agilidade, qualidade, organização, divisão de tarefas mais justa e direcionada, economia, assertividade, fluidez e excelência. O cliente é capaz de ter entregas mais frequentes e um progresso muito mais transparente. E o time se torna mais autônomo, sinérgico, ágil e competente.
Como é feita uma sprint
As sprints são fases dentro do Scrum, mas também possuem fases dentro delas mesmas, pensando na melhor organização e acompanhamento do processo e das tarefas do projeto. Elas consistem nas seguintes etapas:
1º Reunião de planejamento da Sprint (Sprint Planning)
Assim como em qualquer projeto e trabalho em equipe, é preciso estabelecer acordos, alinhar informações e definir padrões, prazos e metas. E isso, dentro de uma sprint e do Scrum, acontece nessa primeira reunião de planejamento.
É nesse primeiro encontro que o Product Owner apresenta as propostas e informações relevantes para o desenvolvimento, o backlog é compartilhado e o cronograma e dinâmica geral da sprint são definidos. Responde-se “O que será feito?” e “Como será feito?”.
2º Reuniões diárias (Daily Sprint)
Baseado nos termos do Sprint Planning, são feitas reuniões diárias ao longo do projeto, sempre no mesmo horário e local, e duração máxima de 15 minutos, para manter o time atualizado sobre o andamento do projeto, solucionar dúvidas e obstáculos, definir novos passos e manter a execução.
3º Revisão da Sprint
Ao final do ciclo, acontece a revisão da sprint, com o intuito de discutir sobre as tarefas concluídas e todo o processo da sprint, permitindo a troca de experiência e o levantamento de melhorias para o próximo ciclo, e também para a apresentação/demonstração do que foi desenvolvido ao PO.
4º Retrospectiva da Sprint
Por fim, também acontece um encontro para retomar as práticas e dinâmicas aplicadas no desenvolvimento e permitir uma reflexão sobre as ações tomadas e desafios enfrentados para que o time reinicie o processo com otimizações. O Scrum Master pode facilitar essa sprint com perguntas e o PO pode levantar insights para a próxima Sprint Planning.
Como levar sprints para as empresas?
Levar as sprints para as empresas exige a adoção de uma cultura de inovação e agilidade, bem como o investimento em profissionais especializados e/ou treinamentos para o seu time poder adotar a metodologia de forma correta e proveitosa.
No dia a dia, é só uma questão de colocar as etapas em prática, respeitando as dinâmicas essenciais de atualização constante, reuniões curtas, comunicação objetiva e clara, execução otimizada e foco no resultado, seja no presencial ou virtual, nos casos de home office e trabalho remoto.
E além da possibilidade de tirar essa ideia do papel internamente, também é possível e interessante buscar parceiros de inovação aberta, que já trabalham e atuam com sprints e poderão ajudar o seu time e seus projetos nessa missão. Um exemplo é o nosso laboratório de inovação, o SpeedLab. Saiba mais abaixo:
Não deixe de conferir também o nosso post sobre inovação aberta para entender como essa dinâmica funciona e como ela pode beneficiar o seu negócio, incluindo, é claro, todas as vantagens e potencial das sprints que vimos por aqui!