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Muito se fala sobre a Indústria 4.0 ou 4ª Revolução Industrial e como ela e suas novas tecnologias vão trazer impactos e transformações para a gestão e os processos desse setor. Porém, se dissermos que isso já acontece há mais de uma década, você acreditaria?
Pois é verdade! Essa revolução está presente nas nossas vidas desde 2011 e se você ainda sabe exatamente o que ela significa, este post vai te ajudar a entender o seu conceito, origem, consequências, vantagens e tecnologias. Vem com a gente!
A indústria 4.0 é um conjunto de mudanças que ocorreram em termos de tecnologia, organização e comportamento e não eram possíveis ou sequer imagináveis há 10 anos.
É mais que um modelo de negócio, é mais que o surgimento de novas tecnologias; é um processo, uma abordagem, uma verdadeira revolução que começou na virada do século.
A indústria 4.0 está ligada às possibilidades de conectividade e inteligência entre sistemas, máquinas e ativos, e tem como objetivo final otimizar os processos de produção.
Pode ser entendida como um passo além da digitalização e marcada pelo momento em que os equipamentos e sistemas passaram a ter mais mobilidade, alcance e autonomia para assumir tarefas repetitivas, perigosas ou complexas.
Ela envolve inovações como os avanços em robótica, inteligência artificial, Internet of Things (IoT), análise de dados, machine learning e muito mais!
Assim como as demais revoluções industriais que aconteceram, essa transformação surge a partir da evolução dos meios e recursos diretos ou relacionados à produção e é sempre uma consequência dos avanços anteriores.
Ou seja, a indústria 4.0 tem sua origem na 1ª Revolução Industrial, em que os processos foram mecanizados com máquinas a vapor ou energia hidráulica; na 2ª que trouxe a eletricidade, as linhas de montagem e a produção em larga escala; e principalmente na 3ª, a Revolução Digital, caracterizada pela automação via computadores, sistemas e robôs.
Legenda: A globalização e o avanço tecnológico atual fazem com que tudo ganhe velocidade. | Imagem: FreePik
A era 4.0 gera impactos em todas as áreas da sociedade e muda a rotina das empresas, seus colaboradores e também seus consumidores.
A globalização e o avanço tecnológico atual fazem com que tudo ganhe velocidade, da execução dos processos à rapidez com que as coisas evoluem e tornam-se obsoletas.
A convergência também cria um estado de hiperconexão, em que dados são produzidos de forma exponencial, os meios digitais se fundem com mundo offline e tudo e todos podem ser alcançados online.
Ao mesmo tempo, as funções e processos sofrem uma descentralização, tarefas antes executadas apenas por humanos passam a ser divididas por algoritmos, sistemas e máquinas.
E essa inteligência e conectividade apenas contribui para o aceleramento das mudanças e inovações, é possível ter previsões mais acuradas, antecipar e atender as necessidades dos clientes, e traçar inúmeras estratégias para otimizar os resultados dos negócios.
Sem dúvidas, a indústria 4.0 está cheia de pontos potenciais incríveis e vantagens, como:
Legenda: A robótica é uma das tecnologias que mais tem a cara da indústria 4.0. | Imagem: FreePik
As tecnologias que integram essa era da inteligência são muitas, mas podemos destacar:
A robótica é uma das tecnologias que mais tem a cara da indústria 4.0! O que antes parecia coisa apenas de filmes de ficção se tornou realidade e hoje temos robôs industriais inteligentes (IA + machine learning), autônomos e integrados entre si.
A Internet das Coisas (ou Internet of Things - IoT em inglês) permite a conexão do mundo físico com o digital, permitindo acessar, conectar e controlar dispositivos a partir da rede industrial em prol da produção.
Já a integração entre os sistemas permite a unificação de toda a cadeia de produção, otimizando a comunicação, o monitoramento e a produtividade nas mais diversas etapas.
A possibilidade de trazer o real para o digital e vice-versa é um tipo de tecnologia capaz de enriquecer a experiência dos usuários em muitos níveis.
De colaboradores acessando dados que podem lhes auxiliar em suas tarefas em tempo real à otimização de processos de prototipação, testes e validação, passando por consumidores finais de recursos e produtos imersivos.
Tudo isso contribui para a evolução e crescimento da indústria, em tomadas de decisões, operações e até soluções vendáveis.
A quantidade de dados gerados todos os dias é gigantesca, tudo é informação e informação é tudo. E falar em Big Data é falar desse grande sistema de geração e análise de dados.
Essa tecnologia se relaciona com a velocidade, a conectividade e a inteligência tão características da indústria 4.0 e permite identificar gargalos e oportunidades nos negócios como nunca antes.
E no mesmo sentido, armazenar dados online se tornou possível e trouxe consigo a segurança, praticidade, economia e agilidade de poder acessar informações de qualquer lugar, em qualquer hora e de qualquer dispositivo.
Com tudo à distância de alguns cliques ou toques - se for um dispositivo móvel -, o acompanhamento de dados e a gestão se tornaram muito mais eficientes.
Legenda: As principais carreiras da indústria 4.0 não estão na linha de produção. | Imagem: FreePik
Além de impactar os negócios e as formas de produção, a indústria 4.0 também afeta as pessoas e suas carreiras.
Ainda que as máquinas e tecnologias estejam cada vez mais presentes nas organizações, isso não significa que as pessoas perderão seus empregos e seu valor, apenas representa a necessidade de uma adaptação nas funções e habilidades.
As principais carreiras da indústria 4.0 não estão na linha de produção, mas em atividades estratégicas, criativas e relacionais, o que significa que atuações tecnológicas, analíticas, inovadoras, humanas e até artísticas ganharão destaque, assim como as soft skills.
A movimentação brasileira na indústria 4.0 ainda é tímida, mesmo que os investimentos e iniciativas governamentais dos últimos anos tenham contribuído para a sua expansão.
Somos um dos países mais conectados do mundo em termos de acesso à internet e posse de dispositivos móveis, temos um ecossistema de inovação rico, porém o orçamento para o desenvolvimento tecnológico-científico não é tão significativo e potente.
De toda forma, os processos de digitalização dos serviços governamentais e os projetos
do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços têm demonstrado evoluções nesse sentido e trazido essa demanda cada vez para o debate e a realidade dos negócios.
E como a tecnologia e os negócios estão sempre mudando e evoluindo, a melhor solução para não perder oportunidades ou ficar para trás é se manter atento às novidades desse mundo.
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