Quando a gente pensa em desenvolvimento web é praticamente automático pensar em JavaScript, não é mesmo, desenvolvedor? O Java realmente revolucionou essa área e agora vem sendo revolucionado por uma nova tecnologia: o Node.js. Já ouviu falar?
O Node.js trouxe muitas possibilidades e vantagens para o processo de programar aplicações, supriu demandas que existiam há bastante tempo e, hoje, representa facilidade e diversas oportunidades para os profissionais de TI.
Venha com a gente conhecer essa tecnologia mais de perto, descobrir como o node.js realmente funciona, porque ele é interessante, onde ou não usá-lo, e esclarecer todas as suas demais dúvidas sobre esse tema!
O Node.js é um ambiente server-side de execução e criação de aplicações web em JavaScript, que foge da dinâmica client-side que costuma ser o padrão na web.
Isso é viabilizado graças ao engine (interpretador) V8, desenvolvido pela Google e utilizado no Google Chrome. A título de curiosidade, esse motor de JavaScript é open-source e escrito em C++.
Ou seja, o Node.js não é uma linguagem nem um framework, mas um “pacote” de todas as funções necessárias para que os códigos JavaScript sejam executados fora do navegador.
Nesse sentido, essa tecnologia trouxe e traz inúmeras facilidades para quem desenvolve para a web - não é à toa que ela é utilizada por grandes empresas tech, como Netflix, LinkedIn, NASA, PayPal e Trello.
Mas as suas possibilidades não param por aí… o Node.js também é útil em aplicações desktop, chatbots e outras que exploraremos mais à frente.
Sua execução é single-thread e orientada a eventos | Imagem: Unsplash.
Com relação ao funcionamento do Node.js, a principal coisa que você precisa saber é que sua execução é single-thread e orientada a eventos.
Ou seja, uma única thread, chamada Event Loop, executa o código JavaScript da aplicação, cada request cria um novo evento dentro dessa thread e a operação entrada/saída é sem bloqueio, permitindo um processamento de conexões simultâneas - de milhares a milhões - e assíncronas.
E só com essa mudança o Node já representa uma quebra de paradigma e uma solução para diversas questões do desenvolvimento web.
A procura e interesse pelo Node.js tem aumentado de forma exponencial, afinal, ele tem diversas vantagens:
O Node.js pode ser usado em vários tipos de aplicação | Imagem: Unsplash.
Considerando todas essas vantagens, você deve estar se perguntando em que tipo de aplicação o Node.js pode ser usado. Bom, as principais são:
Por permitir conexões simultâneas de forma fluida e rápida, o Node.js é o match perfeito para aplicações multiusuário atualizadas em tempo real, como apps de bate-papo (chats), apps de rastreamento, jogos multiplayer ou painéis de monitoramento.
Isso porque esse tipo de software é leve, distribuído em diversos dispositivos, com alto tráfego e uso de dados, mas sem consumir muito processamento, utilizando boa parte dos paradigmas do Node.
Boa parte dos bancos de dados são estruturados em JSON (JavaScript Object Notation), o que garante uma compatibilidade direta com o Node.js e dispensa conversões e tratamentos na hora da comunicação entre o front e o back-end, entregando uma solução muito mais eficiente e uniforme para o usuário.
Por fim, o Node.js também é ideal para ambientes escaláveis, ou seja, que contam com diversas conexões concorrentes, graças à sua orientação a eventos e estrutura single-thread. Alguns exemplos disso são filas e cadastros virtuais, operações não instantâneas ou de consistência eventual e processamentos em lote.
Confira onde o Node.js não deve ser usado. | Imagem: Unsplash.
E em que tipo de aplicação não é aconselhável utilizar o Node? Listamos alguns exemplos aqui para você:
Não é indicado utilizar o Node em aplicações que contam com os recursos de bloqueio para funcionar, como os softwares de edição de imagens. Tal configuração pausa todas as ações até que o processamento do request em execução seja completado.
E essa limitação se estende a algoritmos e aplicações complexas e pesadas, que exigem muito do processamento. Essa “carga extra” pode prejudicar o encadeamento do Node e interromper as solicitações e eventos durante o processamento, travando o programa.
Mas vale lembrar que o Node.js é uma tecnologia relativamente nova e que continua evoluindo. Então, fique de olho para acompanhar mudanças e updates dentro de seus usos e limitações.
Para terminar de esclarecer as suas dúvidas, vamos de FAQ sobre o Node.js?
O Node.js surgiu em 2009 e foi desenvolvido por Ryan Dahl depois dele notar falhas de processamento nos navegadores devido à sobrecarga de requests. Pensando nisso, ele trabalhou em uma solução server-side, assíncrona e de alto desempenho com baixo processamento baseada em JavaScript e batizada de Node.js.
O Node.js é basicamente estruturado em módulos e conta com três tipos deles: Core Modules, pacotes básicos e fundamentais do Node; Local Modules, criados por você para suas aplicações; e Third Party Modules, criados por terceiros e reutilizados.
O NPM (Node Package Manager) é uma ferramenta padrão que permite o gerenciamento de pacotes com componentes e funcionalidades específicas para instalação e reutilização.
Ele é inclusive aberto para qualquer desenvolvedor publicar seu módulo
A lista completa de módulos publicados está disponível no site do NPM ou via CLI npm, uma ferramenta instalada junto com o Node.
Um desenvolvedor Node, em primeiro lugar, precisa se qualificar em JavaScript, pois essa é a linguagem que vai guiar todos os paradigmas, integrações e usos dessa plataforma.
Outros pontos importantes são entender o que uma thread e ter conhecimentos gerais, de banco de dados e desenvolvimento web; e específicos, relacionados aos módulos do Node, como Express, Hapi, Forever, entre vários outros.
Além disso, é sempre necessário partir de uma abordagem orientada a eventos para programar e executar as operações de forma não-bloqueante e assíncrona. E experiência com código aberto, escala (RAM/CPU), nuvem e APIs REST podem ser alguns plus.
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