Atraia e encante seus clientes com o poder do design emocional. Descubra como ele pode transformar seu produto em uma experiência memorável!
Tempo de Leitura: 7 minutos
"Tudo tem uma personalidade: tudo envia um sinal emocional. Mesmo quando essa não era a intenção do designer, as pessoas que visualizam o site inferem personalidades e experimentam emoções.” - Citação de Don Norman, cientista cognitivo e “pai” do Design Emocional
Você já se parou para perguntar por que somos atraídos por alguns designs e por outros não? Ou se existe uma forma de melhorar como experimentamos os produtos do nosso dia a dia?
Essas foram algumas das perguntas que Don Normal fez quando teve a ideia do conceito de Design Emocional, pois estava em busca de entender como projetar interfaces emocionais que antecipem e atendam as necessidades dos usuários.
Continue a leitura e vamos entender melhor como funciona o Design Emocional e como pode ser incrível para o seu produto!
O que é Design Emocional?
O Design Emocional é um conceito que diz que o design pode e deve fazer com os usuários sintam emoções específicas, assim, ele é qualquer design que intencionalmente provoca uma resposta emocional.
São escolhas estratégicas de design que buscam criar experiências ou produtos que provocam uma resposta psicológica positiva nos usuários, ajudando, então, a marca a construir um relacionamento entre eles.
Conforme o consumidor vai encontrando esses produtos, a mente dele começa a responder com certas emoções, como tranquilidade, felicidade, entusiamos, etc. Uma vez esses sentimentos ativados, eles começam a influenciar nas decisões de compra.
E o design emocional vai além da estética, do layout em si, ele também pode utilizar elementos sensoriais, como movimento, som e textura. As técnicas podem ser encontradas em vários contextos, como em produtos digitais, como sites, aplicativos, mas também em produtos físicos, como roupas, móveis e muito mais.
No design emocional, o objetivo é estimular as respostas emocionais positivas, para desencadear uma sensação de satisfação, já que, onde há satisfação, há felicidade, fidelidade à marca e engajamento!
Os três níveis do Design Emocional:
Assim, em 2003, Don Norman publicou o livro "Emotional Design: Why We Love (or Hate) Everyday Things", onde explorou o design emocional e nos apresentou os três níveis do Design Emocional, mostrando como pode influenciar o marketing, o desenvolvimento de produtos e a experiência do usuário. Vamos conhecer os três níveis.
Visceral:
O nível visceral é sobre a reação instintiva dos usuários. A resposta imediata e automática de um usuário a um design.
É um momento crucial onde o usuário vai decidir se vale a pena se envolver com o produto ou serviço, por isso, os designers precisam se concentrar em criar designs limpos e organizados que sejam fáceis de usar e de compreender.
Um exemplo aqui pode se traduzir no momento “AHA” que você cria para seus usuários. Geralmente acontece durante a primeira experiência do usuário, um pouco antes dele criar uma conta ou durante a experiência de inscrição.
Aqui vale utilizar um copywriting bem elaborado, imagens positivas e também microvídeos para aprimorar a experiência do usuário pela primeira vez.
Comportamental:
Este nível é centrado em entender o comportamento do usuário ao interagir com um produto, se concentrando em fornecer uma boa usabilidade num aplicativo, por exemplo, incluindo elementos como eficácia, eficiência, engajamento e facilidade de uso.
Aqui é onde a empatia também entra em jogo, onde a pergunta mais importante a ser respondida é: "como podemos tornar a experiência dos usuários com o produto, cada vez mais agradável?"
Personalize a experiência para cada usuário, lembra daqueles aplicativos que ao criar a conta, existem algumas perguntas e etapas para você preencher e assim, trazer conteúdos ou ações específicas conforme o que você respondeu?
Isso passa um sentimento de ser algo personalizado e exclusivo para você, não é mesmo?
Você também pode usar vídeos interativos para aprimorar a experiência, como aqueles vídeos tutoriais quando acabamos de criar a conta em alguma ferramenta, sabe?
A chave aqui é ser contextual, então foque na comunicação e orientação no aplicativo, pode exemplo, pequenas dicas, como pontos de acesso, que direcionam a atenção do usuário para um elemento da interface do usuário.
Reflexivo
Este nível examina a resposta emocional do usuário depois dele utilizar o produto, onde ele julgará seu desempenho, os benefícios e se resolveu o problema dele.
Será que ele está feliz? Será que ele vai continuar utilizando? Será que ele vai recomendar para os amigos?
Aqui você descobrirá se conseguiu ou não criar um vínculo emocional do usuário com seu produto. O design reflexivo é afetado pela experiência geral com seu produto ou equipes de suporte/sucesso ao cliente.
Alguns exemplos são: humanize seu produto com mensagens que não aparentam ser um robô respondendo, use cor e contraste pensando na acessibilidade e usabilidade, reproduza emoções positivas com elementos de gamificação e utilize mensagens de erros também humanizadas, substituindo a sensação inicial de irritação e transformando a experiência do usuário mesmo num momento de erro, algo mais leve.
Os pré-requisitos do design emocional:
Antes de pensar em começar o design emocional, é preciso atender as necessidades básicas do usuário, já que tudo começa com um produto que funciona.
Pois não adianta nada um site lindo, mas com um tempo de carregamento longo né? O design atrai o usuário, mas é a funcionalidade que mantêm ele interessado.
Um bom design pode chamar a atenção de um usuário à primeira vista, mas eles não vão curtir se não corresponder às expectativas.
Assim, Aaron Water, em seu livro "Design for Emotions", descreve uma hierarquia de necessidades do usuário, uma adaptação da hierarquia de necessidades de Maslow.
Então, o design emocional só pode funcionar se os três seguintes critérios forem atendidos:
Funcionalidade:
Seu produto deve ser funcional, acessível e traga benefícios ao usuário. Resolva o problema, satisfaça uma necessidade ou traga um valor claramente reconhecível. Ou seja, que tenha um bom motivo para usar o produto.
Usabilidade:
O usuário deve conseguir utilizar o produto intuitivamente, sem grandes dificuldades. Utilize uma interface bem pensada, simples e clara, sem requerer tanto esforço cognitivo do usuário.
Confiabilidade:
Grande parte das pessoas possui uma resposta emocional positiva quando confiam num produto. Então é importante que o produto funcione como o usuário espera que funcione, sem surpresas desagradáveis.
Imagine você, por exemplo, demorou dias para montar uma playlist bem legal de músicas, e sem querer, você clica em excluir, e lá se foi sua playlist... dói no coração né?
Prazer:
O prazer é a consequência de todos os três objetivos cumpridos, ou seja, se refere à satisfação emocional que um design pode proporcionar aos usuários, como se fosse a cereja do bolo!
Então, quando um produto atende os três critérios, os designers podem passar a identificar as emoções que desejam que os usuários sintam ao usá-lo e consequentemente, fazê-los se sentirem satisfeitos.
A importância do Design Emocional:
Já que o foco do design emocional é criar um vínculo entre o usuário e o produto, ele facilmente envolve o público.
Pesquisas mostram que quando um usuário se sente mais conectado a um produto, é muito provável que ele interaja com o produto e recomende aos amigos.
Isso tudo porque as emoções desempenham um grande papel na formação do comportamento humano, e consequentemente, na hora de tomar decisões.
E tem mais, o design emocional funciona como um diferencial nesse grande mercado competitivo, onde é necessário muito mais que a funcionalidade do produto para engajar o público-alvo.
Com elementos do design como forma, cor, som e textura, é possível criar uma experiência que ficará na memória do usuário, gerando um sentimento positivo e levando o usuário a realizar uma ação desejada, como se inscrever, comprar um produto ou compartilhar com outras pessoas.
Assim, os principais benefícios do design emocional são:
- Aumento da experiência do usuário;
- Aumento na fidelização do usuário;
- Aumento nas taxas de conversão.
Elementos do Design Emocional:
Como citado no texto acima, existem alguns elementos que podemos trabalhar no design emocional, então vejamos:
Som:
O som trabalha os humores, associações e memórias. Musicas podem ser utilizadas para uma experiência de usuário aprimorada. Sons agradáveis criam uma experiência mais envolvente.
Cor:
A cor traz várias emoções e humores. Assim, tem um papel significativo no design emocional. Cada cor carrega um significado específico, por exemplo, azul representa confiabilidade e confiança. Você pode usar as associações neuropsicológicas de cores para desencadear diferentes respostas emocionais em seu público-alvo.
Textura:
Você pode usar a textura para invocar sentimentos de conforto e luxo, por exemplo.
E para distinção e interesse visual, você pode usar diferentes texturas para cada emoção.
Forma:
As formas também podem desencadear respostas emocionais. Por exemplo, geralmente, ver formas angulares pode nos deixar desconfortáveis, causando uma sensação de estresse, já as formas curvas podem gerar uma sensação de relaxamento e conforto.
Tipografia:
Como qualquer outro elemento, a tipografia transmite várias emoções e humores. Ele faz isso aplicando, tamanhos de fonte, estilos e espaçamento.
As emoções variam também conforme o estilo da fonte, por exemplo, uma letra mais fina, traz uma sensação de elegância, enquanto uma fonte em negrito cria uma sensação de força.
Movimento:
O uso de animações e transições ajudam os usuários a entender mais sobre um produto, tornando-o mais agradável e atraente para eles. Podendo trazer várias emoções.
Passos para aplicar o Design Emocional:
O conceito de design emocional pode ser aplicado para uma grande variedade de produtos, serviços e marcas, então, o processo de implementação será diferente de um projeto para outro.
Passo 01: Entenda seu público.
O primeiro de tudo deve ser aprender o máximo possível sobre seu público, usuário ou cliente. Afinal, são as emoções deles que você planeja antecipar e entender.
Conhecer as expectativas, valores e intenções do seu público é crucial para desenvolver uma conexão emocional com eles. Então realize pesquisas para conhecer seu público-alvo e suas necessidades.
Feito isso, você pode adaptar sua estratégia de design emocional às necessidades específicas de seu público-alvo.
Passo 02: Tenha consistência.
Encontrar um equilíbrio entre todos os diversos pontos de contato é fundamental para desenvolver uma conexão emocional duradoura com seu público-alvo.
Visual, comunicação, estilo de voz e experiência do usuário fazem parte disso e tem mais, a uniformidade estimula a sensação de confiança, assim aumentando o vínculo emocional entre sua empresa e seu público-alvo.
Passo 03: Não esqueça da sua marca
Selecione elementos de design relacionados aos valores de sua empresa e às respostas emocionais que você deseja induzir no seu público.
Por exemplo, use cores vibrantes, formas interativas e tipografia marcante para alegria e empolgação e use cores e texturas mais suaves e gráficos realistas para criar uma sensação de paz e serenidade.
Passo 04: Simplicidade
O objetivo principal do produto ou experiência de uma marca deve ser mantido pelo design emocional.
Evite o caos visual que pode desviar as pessoas da conexão sentimental que você está tentando fazer. Em relação ao design emocional, na maior parte das vezes, o minimalismo é a melhor prática.
Passo 05: Testar e testar (e testar!)
Como qualquer outra estratégia de design, testes são necessários no design emocional e uma das melhores maneiras de testar sua eficácia é implementando testes A/B.
Usando este método, você pode comparar, ao mesmo tempo, vários elementos de design. Isso vai ajudar você a ver qual se adapta melhor ao seu público e propósito e em seguida, refine sua estratégia usando feedback e análises.
Assim, você conseguirá ter uma constante otimização para ter maior engajamento e impacto.
Passo 06: Conte uma história
Se puder, tente incluir algumas histórias para o seu produto, por serem o melhor caminho para conquistar o coração e ajudam a criar empatia.
Para um produto simples, isso pode não ser fácil. No entanto, se você está projetando um serviço ou um site, ou a aparência de uma marca, contar histórias é uma ótima maneira de se conectar em um nível emocional.
Como anda a emoção dos seus produtos?
Se você deseja que seu produto se conecte com sucesso aos usuários, ele precisa se conectar com eles emocionalmente.
Então, deu para refletir um pouco sobre a importância do design emocional? Como você imagina que está o vínculo emocional do seu produto com seu público?
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